quinta-feira, 23 de abril de 2009

ARMADURA SAGRADA



São vinte três, é dia de Jorge.
A noite se aproxima, é sinal de lua cheia.
Logo, logo, ela irá despertar, entre as sombras das grandes arvores da floresta sagrada.

Formará um caminho de pura luz, pelo qual o nosso valente guerreiro chegará.
Montando o seu cavalo branco e vestindo sua armadura sagrada.
Salve Jorge nosso guerreiro protetor.
Viva o Jorge e suas armas.
Saúdem os filhos de Jorge.
Salve os guerreiros de Jorge, em suas armaduras sagradas.

Salve Jorge guerreiro.
Cavaleiro imbatível.
Vencedor de muitas batalhas.

Jorge e suas armas.
Imbatível guerreiro.
Protetor de todos nós.
São Jorge guerreiro,não nos desampara.
Nos protegeis, com seu manto e sua espada.
Espada de aço forte e firme, que golpeia os nossos inimigos.

Salve Jorge, o valente guerreiro da Capadócia.
Viva este valente cavaleiro, do topo de seu trono.
Jorge reina majestosamente, os seus seguidores,
Filhos e filhas de Jorge, o reverenciam o majestoso e valente guerreiro.
Que viaja rumo ao seu palácio lunar.
Sobre o lombo de seu fiel cavalo branco.

Viva Jorge.
Salve Jorge.


De: John Wayne Assunção 24 / 04 / 2009

quarta-feira, 22 de abril de 2009

INOCÊNCIA

QUIMERA OCULTA
INOCÊNCIA

Você me fascina,
Louca menina,
Mulher que germina,
No ventre a semente,
De um louco nascente.
Menina mulher, que um dia terá o refúgio materno,
Na mais profunda miséria, que quer você de mim?
Se sou sempre assim,
O seu cantar me fascina, Como o mais belo soar das águas no mar.

É você Face oculta, que discute a loucura,
Você é bela, sereia, deusa de beleza eterna.
Que cativa a penúria.

Você que tanto espero,
por você me desespero,
No enterro de minha última quimera, quem me dera,
Esta pantera.
Digladiando nas suas arenas,
Oh doce morena,
Alivia, minha pequena, as dores nascentes,
Da vida errante,
Sucumbindo ao abismo da loucura,
Inocência pura, desviada de mim ou de você,
Que afaga os meus cabelos, negros feito a noite insolente.
Você é fascinação, oh doce tentação.


Por: John Wayne Assunção 03/08 /1994

terça-feira, 21 de abril de 2009

A LENDA DA MÃE DA LUA






Trecho de um desabafo da MÃE - da - Lua:

Estou sempre vestida de luto fechado; os meus olhos abertos em um grande ar
de espanto , a vida feita em mim de mil dores acumuladas.
As minhas penas negras, os meus piados lancinantes, o meu vôo rasante, com os movimentos lerdos do meu corpo traduzem a mais profunda tristeza.
Pois no meio da noite trevosa, as minhas asas a gemerem fantásticos terrores, elas produzem ruídos sobressaltantes de rasga mortalha.
Traduzindo assim a maior angústia, que despedaça minha alma em mil pedaços. Ah! mas outrora, em tempos idos, a respirar vida por todos os poros, eu era alegre e folgas .
A mais bela de todas as princesas das selvas. Os meus olhos vivamente iluminados.
Estava cheia de audazes sonhos, e provocava ruidosas libações de amor.

Trechos da peça teatral: A LENDA DA MÃE DA LUA
Autor: JOHN WAYNE ASSUNÇÃO / 1996 / 2000

segunda-feira, 20 de abril de 2009

RUÍDOS DA NOITE

Noites frias que invadem a minha solidão, o corpo caído em um quarto escuro, sobre uma cama fedida.
Pobre corpo frapilho, desnudado, ensangüentado pelo sangue que outrora corria em suas veias, agora vitimado pelos seus carrascos. Pobre corpo desferido pelos gladiadores sanguinários, que segundos atrás corriam entre becos e vielas desta maldita cidade. Suas vitimas já caiam desfalecidas.
Malditos gladiadores, mas parecem ter saído de histórias em quadrinhos.
Tu és carniceiro tal como as harpias que segundo algumas lendas eram seres metade mulher, metade ave, um ser fantasmagórico que aterrorizava os antigos gregos.
Pobre corpo desfalecido, sobre si uma noite silenciosa e triste, que trás sobre o seu domínio as calamidades e o caos que habita as grandes cidades.


Por: John Wayne Assunção